Wednesday, December 29, 2004

Pêndulo

Felicidade, sofrimento
Pleno, vazio
Povoamento, êxodo
Hei de encontrar o equilíbrio?

Lembranças boas, resquícios absurdos
Uma noite interminável, anos de solidão
Tapa na cara, pele intocada
De que vale a certeza se não pudermos aproveitá-la?

Como num pêndulo, estagnação conformada
Sem sofrimento, mas também sem aprendizado, conformismo
Bela manhã acordada com seu amor, tarde de chuva num domingo cheia de expectativas
Um chá para dormir a insônia, cheiro delicioso de café-da-manhã
Não dá pra ser feliz sem experimentações, sem altos e baixos
Que de extremos a felicidade se completa e no equilíbrio a paixão se esvai

Frio no estômago, gelo na barriga, choro pela falta, lágrima sofrida
Empolgação e entrega, realização seguida de decepção
Luz da lua que ilumina duas vontades, sol que cega o coração endurecido
Silêncio doído, cair de maduro, música que embala dois corpos e uma alma
Como dá prazer viver ao máximo, ainda que soframos e nos suicidemos!
Então por quê escolher o medíocre, o ameno, o pequeno?

E nesse pêndulo de emoções engordamos a nossa conta no Aprendizado!

Juliano Hollivier

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