Wednesday, November 14, 2001

Inocência Perdida



É em momentos como êste que percebemos o quanto perdemos de nossa inocência. Aquela em que, quando criança, mentimos aos pais para alguma artimanha aprontarmos e nem pensamos nas conseqüências. Aquela que usamos para conseguir um brinquedo novo que está na moda, sem ao menos nos preocuparmos com o prêço e no esforço que os pais terão de ter para comprá-lo. Aquela inocência que pinta o rosto de um menino, abrindo nele um sorriso lindo que projeta no peito de seu pai a alegria de viver e de gerado lhe ter. Uma inocência tão providencial capaz de 'safar-nos' de qualquer 'molecagem'.

É realmente em momentos como êste que nos damos conta do quão longe estamos de toda esta beleza ingênua e infantil, e passamos a valorizar cada segundo vivido na infância e super-valorizar o papel dos pais em nossas vidas. No crescer diário que a vida nos põe, nos desviamos muitas vezes daquilo que gostariam que fôssemos: a "bola" perde lugar ao "instrumento musical", a "arte" ocupa o espaço de um possível "médico" ou "advogado"; e na fase adulta, esquecemos às vezes de agradecer à Deus pelos maravilhosos pais que Ele nos deu; o que me deixa com um sentimento de remorso tremendo, mas, é em momentos como êste que podemos reparar algumas de nossas falhas.

Pai, aproveito o momento para dizer-lhe o quanto foi, é e sempre será importante para a minha eterna busca pela Felicidade. Aproveito o momento para lembrar-lhe de minha inocência, que se perdeu sim mas que cedeu lugar a uma idiossincrasia tão bela quanto: a gratidão.
Gratidão por ter tido você como mestre-mentor, como guia, como professor, como amigo, como "general" às vezes, como modelo, como Pai. Gratidão por estar sim num caminho certo, crescendo e aprendendo a cada dia que passa, e isso graças à Você!

Acredito sim que é possível resgatarmos aquela inocência da infância, mas de uma maneira diferente, talvez, e usufruirmos apenas o que há de bom dela, já que agora temos o dissernimento do que é bom e ruim. Poderíamos sim resgatar o sorriso daquele rosto, e principalmente a alegria que explode no peito.

É em momentos como êste que podemos não simplesmente dizer um "Feliz Aniversário" mas sim "Muito obrigado por existir, pois EU TE AMO, E MUITO". E é em momentos como êste que deixamos este sentimento transpor todas as barreiras físicas e vir à tona para repousar nos corações de quem AMAMOS.
Misturam-se então conhecimentos, experiências, sentimentos e vivência à INOCÊNCIA PERDIDA.

"Feliz Aniversário, Muito Obrigado por Existir, pois EU TE AMO, E MUITO"

Juh

1 comment:

toninho said...

Interessante como as coisas acontecem, mesmo que tardiamente.
Vc nunca mencionou nada sobre este texto, e mesmo depois que, dele tomei conhecimento, avesso ou ignorante que sou nestas tecnologias, não notei que, ali mesmo poderia “comentar”. Nestes dias, depois do episódio da descoberta de outros textos seus no computador velho, e dos comentários decorrentes, inclusive pela lembrança do Jean ao questionar-me se sabia do seu blog etc. e.., resolvi ali entrar novamente e revê-los, e novamente emocionar-me. Questiono-me se mereço tantas palavras de carinho e gratidão.
Só tenho a dizer que empreendi muito, mas muito amor mesmo, no pouco que até hoje fiz e no que venha a fazer para meus filhos. O resto é mérito seu.
Você que possui muitos dons e que Deus o conserve assim.
Obrigado por vc existir.
Com carinho.
Seu pai.