Um olho no outro,
um sorriso fulminante,
uma paixão previsível
para alguém que de amor se depende.
O ciclo se vicia na droga carinho,
o pico envieza no susto do outro, no espanto.
A não correspondência da paixão conduz à abstinência
até que de um sorriso ao penhasco há o pulo,
O salto pra rejeição, pra sensação do fracasso.
Um outro olho em outro,
desta vez iluminado com um toque de prata, diferente.
Outra paixão que alucina, a química,
um coração que desta química se depende.
A droga segue pelas veias,
sucede o prazer, o efeito, o baque.
Perde-se o controle e excede-se o carinho
que cobra retorno, que pressiona o outro,
que espera avidamente tudo em troca,
na mesma intensidade, na mesma proporção.
O erro sentencia mais um pico,
conduz a mais um fim também previsível
para alguém que de amor de depende, se vicia,
de carinho se injeta, e de expectativas se destrói.
O mesmo outro não corresponde
à droga chamada amor,
pois de vícios a vida é repleta
e das drogas o amor supera.
Outra rejeição ao rejeito
outra sensação de fracasso,
muita dor da abstinência, da saudade, da falsa esperança,
Falta de cuidado, quem sabe, mas um coração viciado.
O mesmo coração fracassado,
o mesmo olho cansado, doído.
Mais um ' - não era pra ser!' que corrói.
O mesmo gato que sai de fininho,
O próprio Gato, que marcou fundo com seu pulo.
Nem sei se sigo cansado, nem sei se sigo!
Juh
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