Picture by Elaine Ianicelli
Afirmar-se como indivíduo notável
digno de reconhecimento, elogios
estar na vitrine da curiosidade alheia
ou nos pensamentos de alguém que masturba as vontades ditas feias.
Despir-se na rua de uma amargura rasa
exibindo bunda, sexo e peitos
conseguir olhares cheios de desejos
ganhar atenção com manejos fáceis, em brasa.
Podem ser estas as intenções
colocar-se à vista de olhos julgadores
buscar fama de forma rápida, sem razões
galgar suspiros, amores e alguns valores.
Se olhar um pouco mais adentro
pode encontrar um motivo em que se reconheça
que instigue a coragem dormida
que ilustre a nobreza em epicentro
algo de que jamais se esqueça.
Verá em mim todas e mais essas suposições
um ou mil motivos nada velados
beleza e horror que coexistem na pele
na alma, na pose e coragem tonificados.
Verá a superfície se só isso quiser
Verá Arte se assim puder
Verá Poesia se preparado estiver
e então poético se tornará
todo e qualquer motivo
que me leva expor a alma, o medo,
o tesão, o fetiche, a repulsa,
ou a mensagem mais importante
entre todas elas:
ser eu mesmo sem esconderijos
a menos que estes me dêem
algum prazer!
Juliano Hollivier - São Paulo
Juliano Hollivier - São Paulo
1 comment:
"Sempre me questionam das consequências em mostrar o corpo de maneira tão direta, prejudicando assim meu ofício de Ator ou o de Cidadão. Ou então relaciona-se isso a um vazio de conteúdo pré-julgado. Digo com esse texto não uma mas algumas respostas, sempre abertas, às questões comuns." Leia Auto-Exposição - www.julianohollivier.blogspot.com
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